Fóssil da espécie Dynamosuchus collisensis foi encontrado no Rio Grande do Sul
Divulgação/Márcio L. Castro
Uma nova espécie de dinossauro encontrada no Brasil foi apresentada em estudo publicado nesta sexta-feira (31). O réptil pré-histórico viveu há 230 milhões de anos e ainda foi pouco estudada por ser raro de se encontrar fósseis.
A pesquisa foi resultado da parceria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, com a Virginia Tech, nos EUA, e o Museu de la Plata, na Argentina.
O fóssil da espécie Dynamosuchus collisensis foi encontrado pelo paleontólogo da UFSM, Rodrigo Temp Müller, no município de Agudo (RS), durante visita a um sítio de escavação em março de 2019.
O fóssil da espécie Dynamosuchus collisensis foi encontrado pelo paleontólogo da UFSM, Rodrigo Temp Müller, no município de Agudo (RS), durante visita a um sítio de escavação em março de 2019.
Esta é apenas a quarta vez que um fóssil desse dinossauro foi encontrado em todo o mundo, sendo que que a última vez foi há 50 anos, na Argentina. Os outros dois foram encontrados no século 19, na Escócia.
Uma das características desse grupo de réptil pré-históricos é o formato do focinho, que era alongado e projetado mais para a frente do que a mandíbula. Os dois dentes inferiores também são característicos por
serem bem grandes e terem uma carapaça. O Dynamosuchus seria um “primo” do crocodilo, já que existe parentesco na cadeia evolutiva, mas não diretamente.
Os estudos anteriores indicam que esse dinossauro era terrestres e se locomovia com as quatro patas, mas podia se levantar usando apenas as patas traseiras em alguns casos.
Fóssil de Dynamosuchus collisensis encontrado
Divulgação/Rodrigo Temp Müller
O fóssil, assim como a maioria dos dinossauros encontrados no Brasil, data do período geológico Triássico, quando surgiram os primeiros dinossauros e grandes répteis.
Segundo Müller, o Dynamosuchus provavelmente era um necrófago, o que é extremamente raro no Período Triássico. Sua dieta era baseada em procurar por corpos de outros animais e até de outros dinossauros mortos.
“A descoberta do fóssil foi feita em um gente uma das visitas a um sítio fossilistico. Nós já tínhamos encontrado um pedaço da carapaça do réptil e eu comecei a escavar ao redor com cuidados até encontrar o fóssil. Ele teria cerca de 2 metros e foi o primeiro da espécie encontrado no Brasil”, disse Rodrigo Müller ao R7.
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